Redactores: André & Rita


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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Ópera lírico-jocosa 'Guerras do Alecrim e Manjerona' de António José da Silva (O Judeu)

Guerras do Alecrim e Manjerona

Autoria: António José da Silva (O Judeu)
Data de publicação: 1737
Local de publicação: Lisboa

«Representada no teatro do Bairro Alto, esta ópera lírico-jocosa é considerada a obra-prima do comediógrafo A. J. da Silva. A peça satiriza a rivalidade existente entre ranchos carnavalescos, o "Alecrim" e a "Manjerona", que animavam Lisboa na época. Apesar da estrutura ainda ser um pouco deficiente, esta obra constitui um progresso assinalável em relação às obras anteriores do autor. Nota-se uma maior comicidade, resultante da linguagem, das situações, dos caracteres, etc., da definição de tipos e acima de tudo da sua coesão. Da peça em questão fazem parte cinco sonetos barrocos recitados e 20 árias cantadas.

O enredo inicia-se com o desejo de conquista de Gilvaz, um peralta, que quer ser amado por Clóris, uma donzela rica, e com os diversos estratagemas que o seu criado, Semicúpio, arranja para infiltrar o amo em casa da donzela. Caso o enamorado não conseguisse alcançar o seu objectivo, Semicúpio ficaria sem os ordenados atrasados. Entretanto Nise, a irmã de Clóris, aceita a corte de Fuas que, tal como Gilvaz, não tem dinheiro e acaba também por beneficiar da ajuda do criado deste e de uma criada das raparigas, Fagundes. O principal obstáculo desta trama amorosa é D. Lançarote, o pai das donzelas, que, além de avarento, pretende casar uma das filhas com Tibúrcio, um sobrinho seu. Para complicar um pouco a situação, os peraltas têm ciúmes um do outro por se julgarem rivais e Semicúpio apaixona-se por Sevadilha, outra criada da casa por quem Tibúrcio igualmente suspira.»

(Fonte: Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2010.



«Sinopse: Guerras do Alecrim e da Manjerona, de António José da Silva. Escrito em 1737 como uma ópera Joco-Séria, para ser representada por marionetas, a obra-prima de António José da Silva foi adaptada pelo Teatro ao Largo numa peça enérgica e vivaz. O tema é leve na sua essência, com um enredo em torno das tentativas de dois jovens amantes para conquistarem os corações (e mesmo a casa) de duas lindas irmãs. A peça critica de forma divertida vários aspectos da sociedade. O espectáculo é direccionado para toda a família, e segue a política artística do grupo de levar farsas clássicas ao público geral.»

(Fonte: Teatro ao Largo)