Redactores: André & Rita


Santa Margarida
8100-033 Alte


segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Bom Ano 2008

O Jornal de Santa Margarida deseja aos seus leitores um Bom Ano 2008

Foto JSM (figueira do Avô Zé, no Reguengo)




Visita a Loulé - Salir

Visita a Loulé - Salir

««Loulé, no coração do Barrocal, é uma terra de artesanato e de grande dinâmica comercial organizada em torno do mercado, tão ao gosto Árabe. Nas lojas que rodeiam as muralhas ainda se descobrem artesãos no seu labor. Com uma mestria ímpar, saem cestos e tapetes de palmeira-anã, cintos, malas e peças em cobre e latão.
Começamos por visitar as Muralhas do Castelo (1), de origem Árabe, reconstruídas no séc. XIII e que ainda hoje se podem ver com as suas três torres de alvenaria. No pátio encontram-se algumas pedras medievais, um poço e o arco da antiga porta de ligação à povoação. Também aqui podemos visitar a Igreja Matriz (2), uma construção Gótica do séc. XIII com um interior de três naves. A torre sineira é proveniente da adaptação de um minarete muçulmano. Se o tempo correr devagar, é de visitar o Museu Municipal, onde se encontram colecções sobre etnografia e arqueologia. No centro da cidade visitamos ainda o Convento do Espírito Santo (3), onde está instalada a Galeria de Arte Municipal. Na saída para Boliqueime, seguindo a EN 270, avista-se à esquerda a Mãe Soberana (4), num outeiro servindo de miradouro sobre a cidade, os campos e o mar. Este é um magnífico monumento do séc. XVI, estilo Renascença, dedicado a N. Sra. da Piedade, padroeira de Loulé.
Voltamos a entrar em Loulé para apanhar a EN 396 em direcção à aldeia de Querença, situada na transição entre o Barrocal e a Serra. Lá bem no alto encontra-se a pequena e bonita Igreja (5), que data do séc. XVI e exibe um belo portal Manuelino. Frente à Igreja ergue-se o Cruzeiro (6) em pedra. Ainda na aldeia fabrica-se um dos mais apreciados chouriços da região e as bonecas de trapos (7), com os trajes tradicionais representando várias profissões. Ali perto, em Pombal, fazem-se deliciosos gelados (8), à base de produtos naturais.
No património natural há três locais a não perder. Para os que gostam de andar a pé, o Cerro dos Negros (404m), logo à saída de Querença, oferece um amplo panorama sobre o litoral. Outro local de grande beleza natural a não perder é a Fonte Filipe (9), no curso da Ribeira das Mercês, onde se podem visitar as grutas, cujas águas têm propriedades terapêuticas. Já os amantes da fauna e da flora encontram no parque da Fonte Benémola (10), Sítio Classificado pelo ICN, espécies vegetais pouco comuns no Algarve: salgueiros e freixos, além dos loendros, chopos e tamargueiras; e a vegetação típica do Barrocal algarvio: o alecrim, o rosmaninho, o tomilho, a esteva, o zambujeiro, o sobreiro e a alfarrobeira. Na fauna destacam-se a lontra, uma grande diversidade de aves e algumas colónias de morcegos. Da Fonte Benémola seguimos em direcção à aldeia da Tôr, atravessando a ponte sobre a Ribeira de Algibre. Ao chegar ao cruzamento com a estrada 525 que vem de Loulé, viramos à direita em direcção a Salir. Um pouco antes de chegar a esta vila encontra-se à esquerda um desvio para a Nave do Barão, onde existe um percurso pedestre sinalizado no terreno.»»

(Fonte: Portal de Turismo do Algarve, 2007 - http://www.visitalgarve.pt)

Visita a Salir - Alte - S. Bartolomeu de Messines

Visita Salir - Alte - S. Bartolomeu de Messines

««A vila de Salir espalha o seu casario branco pela colina, envolvendo as ruínas do castelo. As ruas estreitas, as paredes caiadas e as flores das casas dão-lhe um toque de tranquilo viver. As escavações arqueológicas do castelo supõem-na habitada pelos Celtas, mas foram os Árabes que a fizeram crescer durante o período da ocupação Almoada, no séc. XII. São deles as ruínas do Castelo de Salir (11), um importante património arqueológico que brevemente irá ter à disposição do público as infra-estruturas adequadas para a sua interpretação.
Deixamos Salir em direcção a Alte pela estrada EN 124, mas logo viramos em direcção à Rocha da Pena (12), Sítio Classificado pelo ICN e excelente para a prática do pedestrianismo e de desportos radicais, como parapente ou escalada. Tomamos a estrada 503 até à Cortinhola. Aqui fazemos uma pequena rota até ao Malhão (13), onde existe um excelente miradouro sobre a serra e um templo budista. Continuando na estrada 542 segue-se até ao Azinhal onde se desvia para Sarnadas, em direcção a Alte. Os terrenos que atravessamos fazem parte da Quinta do Freixo (14), uma propriedade agrícola, com reserva de caça, agro-turismo e produtos agro-alimentares biológicos. Paramos nas Sarnadas para apreciar a gastronomia local e ouvir o Sr. Joaquim, um excelente contador de histórias. Continuando em direcção a Alte, desviamos para subir os 467m da Rocha dos Soidos (15), um miradouro natural com uma paisagem sobre o ondulado da serra e tendo o mar no horizonte sul.
Chegamos a Alte, uma aldeia com vestígios de ocupação Romana e onde a cultura Árabe marcou decisivamente a arquitectura local.
Do património cultural de Alte há a destacar a Igreja Matriz (16), rica pela sua talha e azulejaria Barrocas, abóbada Quinhentista, portal e pias baptismais Manuelinos e a Igreja de São Luís. Recomendamos uma visita à Casa Memória D’Alte, onde funciona o Posto de Turismo local, que dispõe de informações sobre percursos dentro e fora da aldeia.
Ponto de referência para qualquer visitante é o som das águas da Ribeira de Alte. Aí encontramos o ex-libris da aldeia: as Fontes (17), Fonte Pequena e Fonte Grande. Estas nascentes de água, que durante séculos moveram os nove moinhos existentes ao longo do seu curso e serviram para abastecer a população local, estão hoje convertidas num local muito aprazível para piqueniques e banhos, pois possui uma represa em forma de piscina natural.
A poucos quilómetros de Alte, na direcção de Santa Margarida, há um desvio para a Torre, onde se pode visitar uma cooperativa de produção artesanal de brinquedos em madeira.»»

(Fonte: Portal de Turismo do Algarve, 2007 - http://www.visitalgarve.pt)

Igreja Matriz de Alte (2)

Igreja Matriz de Alte

«Templo religioso fundado no fim do século XIII, como capela particular, por dona Bona, devota de Nossa Senhora da Assunção. A sua construção terá sido ordenada pela mulher do segundo Senhor de Alte, que assim agradeceu o regresso do esposo da VIII Cruzada à Palestina. No interior, destaca-se o retábulo barroco da capela de Nossa Senhora do Carmo e os retábulos dos altares laterais, de estilo rococó. A capela-mor é revestida por um conjunto de azulejos figurativos de estilo barroco.» (http://radix.cultalg.pt/visualizar.html?id=3304)




««Dona Bona, mulher de Garcia Mendes de Ribadaneyra, 2° senhor de Alte e 1° vidama do Algarve, terá fundado nos finais do século XIII, a igreja matriz, consagrada a Nossa Senhora da Assunção, "em acção de graças por seu esposo ter regressado da oitava cruzada à Palestina " (Isabel Raposo, Alte na roda do tempo, ed. Casa do Povo de Alte, 1995, p. 134).

O templo então construído refere-se seguramente a uma capela particular, que não estava sujeita a jurisdição do Bispo de Silves nem à Ordem Militar de Santiago, detentora do padroado dos templos existentes no termo de Loulé. Só assim se justifica não vir incluída na listagem dos benefícios taxados em 1321 respeitantes a templos localizados no bispado do Algarve.

Na Visitação da referida Ordem, de 1517-1518, é indicado a propósito do templo actualmente correspondente à igreja matriz: " achámos, por informação que disso tomámos, que a dita ermida foi fundada de novo pelos moradores de redor dela e eles a tornaram a fazer de novo como está e se faz à custa deles "(Suplemento da Revista Al'ulya, n° 5, 1996, p. 94).

Em 1534, na Visitação seguinte, continua a ser uma ermida pertencente a freguesia de S. Clemente de Loulé, cujo mordomo, Jerónimo Matoso, é morador na aldeia de Alte ( As Visitações da Ordem de Santiago ás Igrejas do Concelho de Loulé. Ed. SEC.-Faro,1993 ).

Finalmente, em 1554, já é referida pelos Visitadores de Santiago como Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição e correspondentemente como sede de freguesia. (Visitação de Igrejas Algarvias da Ordem de Santiago de 1554, Ed. ADEIPA, Faro,1988).

O terramoto de 1755 provocou alguns danos neste templo, que prontamente foram reparados, destacando-se a abertura de dois óculos elípticos no frontispício e a renovação da ornamentação interior de diversas capelas.

A última grande campanha de obras foi realizada em 1829. Os responsáveis tiveram a preocupação de a sinalizar convenientemente, colocando dois algarismos dessa data de cada lado da tarja que remata o portal principal. Vejamos as intervenções então realizadas: no frontispício da igreja - a construção de uma nova empena em massa e a abertura de um janelão emoldurado de cantaria e rematado por um frontão triangular; no interior do templo - o engrossamento com argamassa das arcarias e das colunas, incluindo embasamentos, fustes e capitéis e a colocação de novos retábulos de madeira em diversas capelas.

Inexplicavelmente, o templo que estava a ser concluído em l 518, já com três naves, foi reconstruído por volta de 1538, sendo então utilizado o formulário manuelino. Sobrevivem como interessantes testemunhos dessa época a cobertura abobadada da capela-mor "com três arcos e represas de pedraria" e o portal principal "com seu sobrearco e pilares de pedraria (...) e nele uma tarja com uma cruz e os Mistérios da Paixão".

Em 1554 as obras estavam praticamente prontas, faltando somente terminar o campanário, cujo portal de acesso, de verga recta com diversos emolduramentos perspectivados, já utiliza as normas renascentistas. Deste período era também o retábulo da capela-mor, já desaparecido, que constituía um interessante exemplar da talha algarvia, de marcenaria.

As quatro capelas laterais do lado do evangelho foram ornamentadas com talha entre 1751 e 1789, período em que vigorou na região algarvia o formulário Rococó.

Desses retábulos sobressai o da capela do Morgado, em cujo remate se ostenta o brasão dos Condes de Alte. Trata-se do exemplar mais erudito, com planta em perspectiva côncava, estrutura tetrástila com banco, corpo e ático. As colunas têm o fuste compósito e o vocabulário ornamental acusa duas fases distintas, uma com concheados e cabeças de anjos e outra mais tardia, provavelmente resultante de uma intervenção oitocentista.

Os restantes retábulos são mais modestos, parecendo ter sido executados pela mesma oficina, de modesto estatuto. Apresentam planta plana ou recta, estrutura tetrástila mas sem colunas, prolongando-se a talha pelo arco.

Dos nove retábulos que ornamentam as capelas deste templo, somente o de Nossa Senhora do Monte do Carmo se integra na época barroca, tendo sido construído entre 1735 e 1751, período em que vigorou na região algarvia formulário `joanino".

Desconhece-se o responsável pelo risco e pela feitura da talha. Trata-se, no entanto, de um artista farense de muita cotação, provavelmente Tomé da Costa, genro e continuador da oficina de Manuel Martins.

Apesar de se tratar de um exemplar de modestas dimensões, utiliza a tipologia mais frequente no Algarve: planta plana, composição tetrástila com banco, corpo e ático. A ornamentação utiliza principalmente a folhagem de acanto, tratada com exuberância. As colunas têm o fuste compósito, prenúncio da transição para o Rococó.

Num anexo da igreja matriz, onde se expõe um pequeno núcleo museológico de arte sacra, encontram-se duas tábuas maneiristas, que parecem cobrir pintura muito mais antiga. Representam S. Lourenço e S. João Baptista, necessitando ambas de uma urgente intervenção de conservação e consolidação.

Devem ter pertencido ao retábulo outrora existente na capela lateral do lado da epístola, dedicado a S. Sebastião, tendo sido substituídas no século XIX por telas com representações idênticas.

Apesar de se desconhecer a identidade do mestre que as pintou, elas foram seguramente executadas, nos finais do século XVI, por uma oficina local, provavelmente sediada na cidade de Tavira, pois apresentam semelhanças com uma tábua existente na Igreja Matriz de Santiago desta cidade.

O intradorso da capela lateral do lado da epístola, dedicada a S. Sebastião, está revestido com azulejos de superfície lisa, de padrão polícrome, identificados por Santos Simões como exemplares de fabricação sevilhana do último quartel do século XVI, misturados com alguns exemplares da primeira metade do século XVI.

A escadaria de acesso ao púlpito foi revestida com azulejos figurativos reaproveitados da capela de Nossa Senhora do Carmo, provavelmente após o terramoto de 1755.

Os azulejos mais interessantes encontram-se nas paredes laterais e na cobertura da capela-mor. Representam anjos músicos rodeados por nuvens e cabeças de serafins. Foram colocados neste templo na primeira metade do século XVIII, provavelmente pelos irmãos Borges, os principais assentadores.»»

(Fonte: Câmara Municipal de Loulé - http://www.cm-loule.pt)

Igreja Matriz de Alte (1)

Igreja Matriz de Alte

««Dedicada a Nossa Senhora da Assunção, remonta ao século XIII. A sua construção terá sido ordenada pela mulher do segundo Senhor de Alte, que assim agradeceu o regresso do esposo, que voltava da VIII Cruzada à Palestina.

A igreja sofreu remodelações nos séculos XVI e XVIII, apresentando actualmente um interior composto por três naves separadas por arcos, suportados por fortes colunas. O maior destaque vai forçosamente para a lindíssima abóbada artesoada, revestida de azulejos do século XVIII, azuis e brancos.

A talha dourada dos retábulos das capelas de Nossa Senhora do Carmo, Nossa Senhora do Rosário e São Francisco contrasta com os azulejos polícromos que revestem a Capela de São Sebastião. Belas imagens de Santa Teresa, do século XVII, e de Nossa Senhora do Rosário e Santa Margarida, do século XVIII, completam a decoração da igreja.»»

(Fonte: http://viajar.clix.pt)

Junta de Freguesia de Alte

- clique na imagem -
(Fonte: Câmara Municipal de Loulé, 2007)

Freguesia de Alte: características gerais

População: 2439

Actividades económicas: Lojas de artesanato, cafés, casa de chá, minimercados, restaurantes, fabrico de aguardentes (destilarias), fabrico de queijos frescos e fabrico de doces regionais

Festas e Romarias: Festa do Chouriço (Fevereiro), Carnaval, Semana das Artes e Culturas, que inclui a Festa do 1.º de Maio (de 19 de Abril a 1 de Maio), Santos Populares (Junho), Festa de N. Sra. da Assunção (15 de Agosto), Festas de Verão de Monte Ruivo e Santa Margarida (Agosto) e Festa de N. Sra. das Dores e S. Luís (17 de Setembro)

Património: Igreja matriz, Igreja de S. Luís, Casa Memória d’Alte, Casa do Povo de Alte, Escola Profissional Cândido Guerreiro, Junta de Freguesia, Moinhos de Água
Outros Locais: Fonte Grande, Fonte Pequena, Queda do Vigário, a aldeia em geral, a zona da Serra e do Barrocal

Gastronomia: Papas de milho (Xerém), milhos, cabidelas, açordas, migas, gaspacho, jantares de grão e feijão, jantares de couve, peixinhos da horta, sopas de cozinha com beldroegas, charrinhos alimados, bolos podres, cavacas, bolos de alfores, carrasquinhas, bolos de amêndoa, nas matanças: sopas de cachola, miolos com pão, sopas de moleja e sangue refogado

Artesanato: Cerâmica d’Alte e brinquedos em madeira “Da Torre” e esparto

Colectividades: Casa do Povo de Alte, Grupo Folclórico de Alte, Grupo de Música Pop. Portuguesa “Erva Doce”, Centro de Apoio Comunitário à Freguesia de Alte, Centro de Dia e Lar da 3.ª Idade de Alte, Grupo Desp. Serrano – Monte Ruivo e Assoc. Recreativa e Cultural de Santa Margarida

Orago: N. Sra. da Assunção

Feiras: Feira de Anual (17 de Setembro), mercado mensal (3.ª quinta-feira do mês)

(Fonte: Anafre)

sábado, 15 de dezembro de 2007

Minas de Cobre próximo de Santa Margarida

Minas de Cobre próximo de Santa Margarida

««No concelho de Loulé conhecia-se a mina da Atalaia, na freguesia de Alte, explorada, ainda em 1845, devido a concessão obtida, para o efeito, pelo conde de Farrobo. Das antigas explorações subsiste, no Museu Nacional de Arqueologia, lingote de cobre (Inv. 10219), rectangular, com os cantos arredondados (Domergue, 1987, p. 519; Veiga, 1887, p. 382, 1889, p. 37, 59-61, 1891, p. 83-85). Localiza-se na freguesia de Querença, no mesmo concelho, a mina da Vendinha do Esteval (Veiga, 1889, p. 50, 61-64). Nestas minas, além do metal referido, podia obter-se o sulfato de cobre ou caparrosa, muito utilizado, pelos Muçulmanos, na medicina e, em especial, na tinturaria.»»

(Fonte: IPA-Ministério da Cultura - ??? Cap.2 - Território e Cultura... (??inc.))